Felicidade no Mundo

Foto: Kelsey Knight (Unsplash)

Felicidade não é coisa só de conto de fadas ou comédias românticas. Felicidade é coisa séria. Tão séria que, em 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade.

Para apoiar as resoluções daquela conferência – de dar maior importância à Felicidade e ao bem-estar na vida das pessoas e nas definições de como medir e alcançar o desenvolvimento social e econômico -, a ONU preparou o primeiro Relatório Mundial da Felicidade (World Happiness Report – WHR). Desde então, divulga anualmente a pesquisa sobre o estado global da Felicidade.

Neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre o relatório que mede a Felicidade no mundo, o resultado da edição 2020, a posição do Brasil e o segredo dos países nórdicos, sempre no topo do ranking. Também vai encontrar curiosidade sobre o Butão e seu Índice de Felicidade Bruta.

Relatório Mundial da Felicidade

O WHR é uma publicação da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU e é abastecido com dados do instituto Gallup World Poll. Tanto o Dia Internacional da Felicidade, quanto o relatório são produtos das resoluções ONU 65/309 e ONU 66/281, que trazem a Felicidade como objetivo humano fundamental.

Atualmente, 153 países têm seus níveis de Felicidade medidos sempre com relação aos últimos 3 anos. Em média, mil pessoas são entrevistadas por país, por ano. Assim, se um país foi avaliada em 2017, 2018 e 2019 para compor os dados do relatório de 2020, terá sua análise feita a partir de 3 mil respondentes. O questionário aplicado utiliza a Escala da Escada, na qual 10 representa o melhor cenário possível e zero, o pior.

O relatório se baseia, geralmente, em 6 fatores para avaliar o índice de Felicidade dos países:

  • PIB per capita
  • Expectativa de vida saudável
  • Rede de apoio social para enfrentar adversidades
  • Liberdade de escolhas
  • Confiança no Governo e nas organizações\Corrupção
  • Generosidade

Além de medir a Felicidade global, o WHR foca em temáticas específicas a cada ano, como desigualdade na distribuição do bem-estar entre países e regiões, como a tecnologia da informação, governança e normas sociais influenciam as comunidades e migração interna e para outros países. Na edição de 2020, o tema central foi como ambientes sociais, urbanos e naturais afetam a Felicidade.

Felicidade no Brasil

Foto: Raphael Nogueira/Unsplash

Neste ponto você deve estar perguntando a pontuação do Brasil na escala de Felicidade mundial. Bem, o país começou com a 25ª posição no relatório de 2012 e alcançou a 16ª colocação em 2015.

Mas, desde então, os níveis de Felicidade do brasileiro parecem estar despencando, chegando à 32ª posição em 2019 e mantendo o mesmo número 2020. Dentre as justificativas apresentadas para a queda no ranking estão desigualdade social, violência, corrupção e generosidade (ou a falta de).

Enquanto isso, pelo terceiro ano consecutivo, a Finlândia permanece soberana na primeira e desejada posição de país mais feliz do mundo. Seus vizinhos Dinamarca, Islândia, Noruega e Suécia figuram entre os 10 primeiros nas 8 edições do WHR. Já o Sudão do Sul é o país com os mais baixos índices de Felicidade.

O segredo dos países nórdicos

Desde 2013, os cinco países nórdicos se mantêm no top 10 do ranking. Qual o segredo dos escandinavos? Os autores do capítulo 7 do WHR 2020 explicam que esses países se caracterizam por um ciclo virtuoso, no qual diversos indicadores institucionais e culturais de uma boa sociedade se retroalimentam.

Dentre os fatores mencionados estão democracia que funciona bem, benefícios sociais de bem-estar generosos e eficazes, baixa criminalidade e corrupção. Ainda, os cidadãos se mostram satisfeitos, com grande sensação de autonomia e liberdade, além de terem confiança nas instituições e nas pessoas.

Tudo começou com o Butão

Foto: Darpan Dodiya/Unsplash

A proposta do Dia Internacional da Felicidade foi apresentada à ONU pelo Butão em 2011. O pequeno país nas montanhas do Himalaia tem menos de um milhão de habitantes e é conhecido por avaliar o índice de Felicidade Interna Bruta (Gross National Happiness – GNH) para medir o progresso nacional e conduzir políticas públicas desde 2008.

O GNH é composto por 4 pilares (bom governo, desenvolvimento socioeconômico sustentável, preservação e promoção da cultura e conservação ambiental) e 9 variáveis: saúde, educação, diversidade ecológica, boa governança, bem-estar psicológico, uso do tempo, resiliência cultural, padrão de vida e vitalidade da comunidade.

De acordo com esses 9 domínios, foram desenvolvidos 38 subíndices, 72 indicadores e 151 variáveis usados para definir e analisar a felicidade da população. E é com base nesses princípios que o país organiza seu sistema de educação.

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