“Você pode atrasar, mas o tempo não”
Benjamin Franklin

Fazer agora ou deixar pra depois?
Adiar as tarefas de hoje para o futuro não é uma boa estratégia, pois quando o futuro se torna presente, ficamos sobrecarregados com mais trabalho do que se tivéssemos feito de outra forma.
Ao adiarmos algumas tarefas, outras novas surgirão e vamos tentar trabalhar em todas elas ao mesmo tempo. Isso aumenta a pressão e o estresse e acabamos nos sentindo mais cansados e até deprimidos.
Nessas situações podemos até começar a duvidar se vamos realmente conseguir fazer o que nos propusemos, o que acaba afetando nosso bem-estar.
Não se trata de confiança em si mesmo, mas de tempo.
Discutimos isso no artigo “Metas e procrastinação, o que isso tem a ver com Felicidade?” e agora vamos abordar aspectos do comportamento de procrastinação e abordar formas de mudar atitudes e hábitos para ser mais feliz, ainda que, às vezes, possamos procrastinar um pouco.
Como a procrastinação afeta a Felicidade
Os efeitos negativos da procrastinação podem variar desde simplesmente perder um prazo em uma tarefa específica a algo de mais longo prazo, como uma oportunidade desperdiçada que impede a realização de um sonho.
E quando olhamos para trás e vemos o tempo que passou, podemos nos arrepender de ter desperdiçado algumas oportunidades, já que não há como voltar no tempo. Especialmente quando se trata de relacionamentos.

Nossos relacionamentos na vida pessoal e na vida profissional são construídos sobre uma base de promessas e de compromissos que fazemos a outras pessoas. Se vacilarmos seguidamente, em um comportamento característico de procrastinação, esses relacionamentos tendem a se mostrar instáveis e pouco duradouros.
Por isso, é importante entender se temos um “padrão de procrastinação”, buscando observar e compreender que estamos lidando não apenas com tarefas que têm que ser concluídas, mas também com nossa própria ansiedade em relação à incompletude.
Procrastinação como comportamento
O comportamento de procrastinação varia de pessoa para pessoa e nem sempre é tão óbvio. Às vezes pode se tratar de um medo oculto que não queremos reconhecer, ou pode até ser tão simples quanto não querer fazer algo porque isso simplesmente não nos motiva. Só que esse comportamento pode se tornar crônico.

Precisamos, portanto, ter claros nossos objetivos e não lutar pelo perfeccionismo. De modo simples, devemos ser realistas quanto ao esforço que determinado objetivo nos exigirá para ser alcançado e desenvolver pequenos hábitos positivos, recompensando-nos quando progredimos em uma ação pretendida.
O estabelecimento de metas, o aumento do interesse (focar no que estamos fazendo) e a energia dedicada desempenham um papel significativo na superação do comportamento de procrastinação.
Os efeitos da procrastinação podem não parecer tão ruins no começo, mas com o tempo, podem influenciar situações de estresse, de ansiedade e até de baixa autoestima.
Em vez de deixar a procrastinação tomar conta, é importante reservarmos um tempo para administrar as coisas a fazer. Um tempo para adiar a procrastinação e aprender e lidar com ela.
Procrastinação e tempo: administrando os dois
Mesmo que a procrastinação tenha mais a ver com nossas emoções do que propriamente com a gestão do tempo, tarefas ainda precisam ser concluídas e existem estratégias para nos ajudar a se manter no caminho certo.

Uma delas é tomar decisões honestas sobre quanto esforço teremos pela frente e quanto tempo isso levará. Não dramatizar a tarefa, mas identificar quais pequenas atividades podem nos ajudar a realizá-la.
Segmentar o que tem que ser feito em pequenas etapas e estabelecer um prazo razoável já é um grande começo rumo à mudança de comportamento. Pensar que tudo pode ser feito e em pouco tempo aumenta a probabilidade de procrastinar.
Ir em frente, passo a passo, reservando um tempo para desenvolver esses novos hábitos de forma paciente e determinada.
Se você adiar, não se preocupe! Comece de novo, afinal não há problema em tropeçar de vez em quando.

Alcançar uma meta na qual estamos trabalhando, por menor que seja, aumenta nossa satisfação, nosso orgulho e a Felicidade.
Mas devemos considerar que começar com metas de curto prazo, realistas e fáceis de alcançar, manterá nossas emoções positivas, produzindo uma sensação de bem-estar.
Portanto, mudar um comportamento de procrastinação tem mais a ver com as metas que nos propomos realizar e a forma como as estabelecemos. Metas e objetivos pessoais que são coerentes com nossos interesses aumentam o bem-estar subjetivo.
Isso direciona a discussão para a forma como definimos nossas metas e não se as adiamos ou não. Entretanto, como o tema é procrastinação, essa discussão será apresentada no artigo da próxima semana.
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Uma resposta para “Os efeitos da procrastinação na Felicidade”
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